Como posso amar tantas as palavras quando muitas vezes elas
me traem, me entregam, me enganam?
Suponho que seja um daqueles amores, inevitáveis, intensos e
incondicionais.
Daqueles que no primeiro olhar a gente já suspeita que vai
ser amor e depois do primeiro beijo temos
certeza que sempre foi.
Da espécie que quanto mais a gente foge, mas a gente encontra
e cada vez que tentamos cortar mais a gente cola, emenda, se entrega, se
envolve quase sem querer...
Do tipo inconstante e contraditório que ao mesmo tempo faz você
se sentir mais vivo e te enlouquece, mas só de imaginar como seria sua vida se isso
não existisse você pensa que preferia não existir porque nada mais faria
sentido, te deixando assim sem escolha.
Engraçado pensar que como em todos os meus outros casos de
amor eu sempre sei que vai ser mesmo antes de conhecer.
Quando eu tinha cinco anos
fui chorando até o meu pai dizendo que eu tinha medo de nunca conseguir
escrever...
Assim como a intuição, a insegurança e o receio sempre foram
parte de mim, principalmente nas minhas maiores paixões.
Acredito que essa não é uma característica só minha, acho
que a maioria das pessoas teme ter o que mais quer por temer perder. Tem medo
de sorrir por ter medo de chorar.
Assim como para mim é com a escrita, para algumas pessoas é
com a música, o cinema, o teatro, a dança...
O importante é nunca desistirmos dos nossos sonhos.
Que a vontade vença a acomodação, a coragem prevaleça o acanhamento
e que o desejo seja sempre maior que o medo do fracasso.
Quem não se aventura, não vive e perde a possibilidade de
alcançar, tendo como única opção a derrota.
Não pense que correr o risco pode custar caro, pois o amor,
em todas as suas formas, sempre vale a pena.

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