Desde pequenos somos ensinados a tentar controlar o que
estamos sentimos e não demonstrar nossos sentimentos, através da famosa frase “engole o choro”.
Acabamos assimilando que ao demonstrar o que estamos
sentindo estamos atrapalhando as pessoas ao nosso redor e que tristeza é sinal
de fraqueza.
Dessa forma muitas pessoas crescem negando os seus
sentimentos, culpando-se por às vezes se sentirem mal, com raiva, inseguros ou
por se encontrarem em qualquer tipo de estado emocional em que se sintam
vulneráveis. Isso quando a pessoa não
vai mais além e associa isso à outros sentimentos em que sente que pode vir a
ficar mais "frágil", como a paixão por exemplo, não conseguindo assim
assumir ou demonstrar seus sentimentos, mas isso já é assunto para outro
texto...
É triste que isso aconteça, já que todos sentimentos existem
para serem vividos da mesma forma.
Nos dias de hoje ser
feliz é uma obrigação, as pessoas tristes são indesejadas e são vistas como
fracassadas pela sociedade.
Isso faz com que
muitas vezes para sermos aceitos, mesmo em momentos difíceis, muitos de nós nos
mostremos felizes e sempre respondemos a pergunta: Tudo bem? Com um automático:
- Tudo ótimo.
Dessa forma a
felicidade perde seu caráter original e se transforma em um peso, uma mina de
ansiedade que muitas vezes acaba explodindo em uma depressão, a doença do
momento.
Fingir estar feliz o
tempo todo, mais do que uma hipocrisia com os outros é uma falta de respeito
com si próprio, ser sincero consigo mesmo é essencial para alcançarmos nossa paz de espirito e assim sim viver bem com as outras pessoas.
O segredo do equilíbrio
e da felicidade é justamente aceitar os sentimentos de forma leve, não se culpe
quando se sentir triste ou mesmo com raiva. Encare com naturalidade, não se
martirize por isso, são justamente os sentimentos que te tornam humanos.
Leveza, essa é a chave.
Aceitando seus momentos de tristeza, seus verdadeiros momentos de felicidade
vão ser ainda mais felizes.
“A depressão é o mal
de uma sociedade que decidiu ser feliz a todo preço.”
Pascal Bruckner, em A
Euforia Perpétua.
